Nesta última semana, a pesquisadora Joyce Kelly da Silva, do ICB UFPA, teve seu nome presente no Ranking Elsevier Top 2% Scientists, uma ferramenta da Universidade de Stanford -em parceria com a Editora Elsevier SciTech Strategies- para identificar os pesquisadores e pesquisadoras que estão entre os 2% mais citados do mundo em suas áreas do conhecimento.
O levantamento considera diferentes parâmetros, como o número total de citações, o índice h (h-index), o índice h ajustado por coautoria, as citações em trabalhos como autor principal, entre outros indicadores, o que garante comparações mais justas entre os diferentes campos do conhecimento. O ranking é publicado em duas categorias: a primeira avalia a atividade ao longo de toda a carreira científica do pesquisador (career-long impact), enquanto a segunda destaca a atividade registrada em um ano (single year impact).
Por esses e outros fatores, estar incluído no Top 2% Scientists significa um reconhecimento internacional de produtividade e excelência acadêmica, demonstrando a relevância da pesquisa desenvolvida para a comunidade local. Para Universidades, Programas de Pós-Graduação e Laboratórios, a presença de seus pesquisadores neste ranking auxilia na consolidação da ciência produzida de acordo com diferentes realidades.
A professora Joyce Kelly figura entre os nomes mais citados no último ano em que o Ranking foi montado (single year impact), com resultado em 2025. Ela atua, principalmente, na área da Química de produtos Naturais, com linhas de pesquisa na prospecção de compostos bioativos de plantas aromáticas da Amazônia, autenticação de óleos essenciais, estudos da interação planta-patógeno e alternativas de biocontrole, além da Quimiotaxonomia e do desenvolvimento de bioprodutos. Para ela, a quantidade de trabalhos em andamento está intimamente ligada aos objetos de pesquisa: “as linhas de pesquisa contribuem diretamente para a produtividade, pois estudamos muitas espécies com ocorrência na Amazônia. Muitos dos trabalhos estão relacionados ao potencial biotecnológico dessas espécies e suas moléculas. Nesse ponto torna-se atrativo para pesquisadores do mundo inteiro”.
Sobre as diferentes realidades em que a ciência é produzida, a pesquisadora reconhece os elementos que tornam significativa essa menção: “dentro de um universo gigantesco de pesquisadores, estar entre os 2% mais citados se torna de extrema importância para valorização e repercussão da ciência feita na Amazônia. Neste ano foram apenas 7 cientistas da UFPA citados, e entre eles eu fui a única mulher, o que torna ainda mais significativa essa conquista”.
Texto: Júlio Augusto
Imagem: Comunica ICB
Data da Publicação: 26/09/2025
Unindo a responsabilidade ambiental com a ciência, a professora da Universidade Federal do Pará, Marcele Fonseca Passos está buscando um tratamento alternativo para a prevenção de infecções bacterianas em feridas, como a leishmaniose cutânea. A doença comum na região amazônica é transmitida por mosquitos e o tratamento disponível possui um custo alto, com possíveis efeitos colaterais após a sua utilização prolongada.
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